O Museu Água Vermelha de Ouroeste, uma das maiores referências culturais e arqueológica do Estado de São Paulo e que abriga um acervo inédito de ossadas e objetos de civilizações de cerca de 9 mil anos participou da 7° edição da Primavera de Museus comemorada de 23 a 29 de setembro de 2013, cujo tema norteador foi Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira , promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus, o IBRAM. Nesta edição o Museu Água Vermelha recebeu as arqueólogas Patrícia Hackbart e Patrícia Fernanda Carvalho de Souza da Scientia – Consultoria Científica, onde aceitaram o desafio de desenvolver atividades com alunos de escolas municipais de primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental da EMEF de Ouroeste e EMEF Cabral de Arabá. Foram realizadas oficinas em que os alunos foram envolvidos em produção de objetos a partir de matérias primas e levados a refletirem sobre o motivo de os seres humanos produzirem objetos (artefatos) – objeto de estudo da arqueologia, e o motivo do museu “guardar” objetos de tempos antigos, no sentido de ser também, um lugar de guarda da história da tecnologia e do conhecimento acumulado. De acordo com a arqueóloga Patrícia Hackbart essa atividade integra as ações de educação patrimonial que estão sendo desenvolvidas como condicionante para o licenciamento ambiental dos projetos de construção tendo como empreendedores a IE Madeira (Interligação Elétrica do Madeira) e NBTE (Norte Brasil Transmissora de Energia), de duas linhas de transmissão que trarão a energia produzida no Rio Madeira em Rondônia até Araraquara/SP para então, ser distribuída em rede nacional. Para a diretora do Museu “Bia Vargas” a iniciativa foi inédita. “O Museu Água Vermelha nunca havia oferecido esse tipo de oficina por ser difícil desenvolver atividades de arqueologia voltadas para crianças, e foi um sucesso. Os alunos, através do lúdico participaram e entenderam o que é recurso tecnológico, matéria prima, e o porquê que se guarda objetos e os expõe e diferenças do tempo (passado)” disse a diretora do Museu.